Mudança climática é risco para 80 milhões de empregos
São Paulo 14/7/2022 – Oitenta milhões de empregos podem ser perdidos até 2030 devido à mudança do clima, sendo os países pobres os mais atingidos.
Por outro lado, medidas de combate às alterações climáticas têm potencial para gerar 18 milhões de postos até 2030
Oitenta milhões de empregos podem ser perdidos até 2030 devido à mudança do clima, sendo os países pobres os mais atingidos. A estimativa é da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por sua vez, medidas de combate às alterações climáticas podem criar mais e melhores postos, com um potencial de 18 milhões de vagas líquidas no mesmo período.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) enfatiza que, atualmente, cerca de 80% da energia global e 66% da geração elétrica são provenientes de combustíveis fósseis, o que colabora com aproximadamente 60% das emissões de gases de efeito estufa responsáveis pela mudança climática.
Com base nisso, o Pnuma afirma que os próximos oito anos são cruciais para a limitação do aquecimento global a 1,5°C, tratando-se de um período em que os gases de efeito estufa precisa ser reduzidos em 50%, ou seja, uma queda anual de 13 giga toneladas de emissões anuais de equivalentes de CO2 é necessária para limitar o aumento da temperatura a 2°C.
A OIT sustenta que nunca é tarde para que ações sejam implementadas. Para tanto, ressalta que iniciativas, como a transição para uma economia neutra em carbono, exigem novas habilidades, treinamento e qualificações.
Da mesma forma, o PNUMA enfatiza que as indústrias podem usufruir dos novos processos de produção através de energias renováveis, hidrogênio verde biocombustíveis e controle de gestão de carbono. Para tal, destaca a necessidade de uma ação coordenada em todas as cadeias de valor para promover essas opções de mitigação.
Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, os esforços do setor privado devem estar relacionados a projetos que tragam benefícios socioeconômicos, como a geração de empregos sustentáveis. “Se mudarmos a consciência, mudaremos também a forma de agir. Nisso, muitos empregos surgirão já inseridos nesta cultura, que coloca a educação climática como prioridade”, conclui.
Website: http://www.laqi.org