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Ações visam o reflorestamento e restauração de mata nativa

São Paulo – SP 17/12/2021 – O compromisso de acabar com o desmatamento e revertê-lo até 2030 pode ser considerado um dos acordos mais importantes da cúpula do clima COP26

Reflorestamento esteve em pauta na COP26 para garantir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C; especialista explica como funciona o reflorestamento de áreas degradadas

O reflorestamento está na agenda dos grandes líderes mundiais. Em novembro, os quase 200 países presentes à COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021) realizada em Glasgow, na Escócia, assinaram um acordo para buscar o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.

De acordo como o texto, o reflorestamento e a adesão de tecnologias de captura de carbono da atmosfera têm um papel importante na redução das emissões de dióxido de carbono, que deve cair em 45% até 2030, na comparação com 2010, e de neutralidade de liberação de CO2 até 2050. 

Na análise de Mônica Marchett, empresária do ramo agropecuário, o compromisso assumido pelos países que compuseram a cúpula do clima COP26, entre eles o Brasil, de acabar com o desmatamento e revertê-lo até 2030, pode ser considerado um dos acordos mais importantes da edição.

“Além disso, iniciativas recentes de fundos de investimento também têm contribuído para a pauta no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, um projeto do fundo do governo britânico Partnerships For Forests destina mais de R$ 1 milhão em um programa que busca propriedades rurais com áreas aptas para restauro e procura os responsáveis pelas fazendas para oferecer um projeto completo de reflorestamento”, destaca Marchett.

O projeto citado pela empresária é chamado de H2A Hub Agroambiental, foi lançado em novembro e favorece produtores com pendências judiciais. Segundo a entidade, há a expectativa de que a iniciativa promova a restauração florestal de áreas desmatadas, facilitando o processo de reflorestamento de até 1 milhão de hectares no estado de São Paulo nos próximos anos. 

A empresária também destaca que o programa Floresta Viva, anunciado no início de dezembro pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deve destinar R$ 500 milhões para o reflorestamento e a restauração de bacias hidrográficas. “Segundo anunciado, R$ 250 milhões serão doados pelo BNDES e outros R$ 250 milhões por empresas”. 

Vale destacar, na visão de Marchett, que a iniciativa privada prevê a doação para o programa que, posteriormente, deve se transformar em investimento. “Isso porque a área reflorestada será fonte de créditos de carbono a serem comprados. Ou seja, para além da conscientização ambiental, há diversos benefícios em se adotar a economia verde”.

Como funciona o reflorestamento de áreas degradadas?

Quanto ao processo de restauração da mata nativa em pastos esgotados e áreas de plantio, a especialista conta que tudo começa com a avaliação da área a ser restaurada. “É realizado um diagnóstico ambiental para constatar o estado de degradação e depois já se inicia o trabalho de restauração”.

Para áreas pouco prejudicadas, Marchett explica que pode-se optar pela Regeneração Natural, e nas áreas mais prejudicadas é feito o plantio de mudas das espécies corretas que ali existiam. “Também pode ser feito o plantio com sementes, enriquecimento do solo com substâncias favoráveis ao mesmo e, ainda, a construção de cercas para o isolamento da área a ser restaurada”.

A empresária explica que a conscientização do manejo correto do solo e pastagens, tais como o método Integração Lavoura Pecuária Floresta, que utiliza sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área, torna o modo mais sustentável, com mais inclusão social, eficiência no uso de recursos naturais e consumo consciente.

Por que aderir à economia verde?

Para a especialista, vale ficar atento, pois a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) emite certificações agrícolas para quem cumpriu as normas ambientais e de gestão que devem ser implementadas e mantidas nas propriedades rurais. “Há também o FSC (Forest Stewardship Council – Conselho de Manejo Florestal, em português), organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, criada para promover o manejo florestal responsável ao redor do mundo”.

Como uma ferramenta de controle da produção florestal, o selo FSC tem por objetivo orientar o consumidor em suas decisões de compra. Em suma, ele oferece uma ligação confiável entre a produção e o consumo responsáveis de produtos florestais, permitindo que consumidores e empresas tomem decisões em prol das pessoas e do ambiente.

Além destes, segundo Marchett, destacam-se iniciativas como o programa RenovaBio, que estabelece metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis e incentiva o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.

Para mais informações, basta acessar: https://monicamarchett.com.br/

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