Pressão do mercado leva empresas a adotarem práticas de ESG
22/12/2021 –
Segundo estudo, 62% das empresas de grande porte do país sofrem pressão para adotar ESG; especialista fala sobre inovação em gestão empresarial
Por definição, ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, na sigla em inglês – Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português) trata-se de uma avaliação da consciência coletiva de uma empresa em relação aos fatores sociais e ambientais. Segundo estudo realizado pela consultoria Betania Tanure Associados, 62% das grandes empresas brasileiras dizem sofrer pressão do mercado para adotar tais práticas, ao passo que 22% afirmam não se sentir pressionadas.
Ainda segundo a pesquisa, que coletou dados de 280 das 500 maiores companhias brasileiras entre os dias 8 e 10 de novembro – mesmo período em que foi realizada a segunda semana da COP26 em Glasgow -, 16% dos negócios não concordam ou discordam em relação à afirmação.
Richard Clayton, fundador da Trinta Porcento – empresa que atua com contabilidade e gestão empresarial -, destaca que a ESG é importante enquanto uma pontuação compilada de dados coletados em torno de métricas específicas relacionadas a ativos intangíveis em um negócio. “Surpreende o fato de que as grandes empresas do país não adotem as práticas por iniciativa própria, independentemente da pressão do mercado”.
Neste sentido, para Clayton, além da natural necessidade de que médias e grandes empresas realizem gestões empresariais inovadoras, a pressão do mercado para que isso aconteça pode ser um impulso a mais.
“Com um mercado cada vez mais competitivo e consumidores cada vez mais conscientes e exigentes, ter uma gestão inovadora e disruptiva se faz necessário para se destacar e crescer no mundo dos negócios. Além disso, com a constante evolução da tecnologia, o acesso a informações mais assertivas sobre mercado, consumo e negócios, favorecem as empresas”, considera.
ESG: inovação em gestão empresarial
Dentro do ESG, na análise do empresário, a prática do consumo limpo é a que recebe mais pressão do mercado para que seja adotada, já que existe um esforço global, tanto de governos, empresas e consumidores em buscar soluções com menor impacto ao ecossistema. De fato, empresas com preocupação socioambiental ganham vantagem competitiva frente às demais: 87% dos consumidores brasileiros preferem comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% não se importam em pagar um pouco mais por isso, conforme dados de um estudo realizado pela Union + Webster, agência de pesquisa norte-americana, divulgado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) em 2019.
Para o fundador da Trinta Porcento, dentre os elementos mais inovadores que podem – e devem – ser adotados por médias e grandes empresas no âmbito das gestões financeira, tributária e familiar, um dos indicadores principais que precisam ser acompanhados é o CAC (Custo de Aquisição de Clientes), LTV (Lifetime Value) e Churn.
“O CAC serve para mensurar o custo para adquirir um novo cliente, o LTV para mensurar o tempo de permanência de um cliente em uma empresa e o churn ajuda a mensurar o percentual de cancelamentos dentro de um período”, explica.
No âmbito da gestão tributária, prossegue, fazer um bom planejamento e buscar benefícios fiscais que geram redução dos tributos é fundamental. “E, pensando em gestão familiar, ter uma holding – sociedade gestora de participações sociais – para administrar o patrimônio é fundamental nos dias de hoje. Por isso, procurar profissionais capacitados que entendam o negócio e conheçam a legislação pode fazer toda a diferença”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: http://trintaporcento.com.br/
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