Nove em cada 10 empresas vão investir em tecnologia em 2022

São Paulo, SP 23/2/2022 – A era digital da contabilidade veio com a desburocratização dos serviços contábeis, fazendo aumentar cada vez mais a produtividade nos escritórios.

Pesquisa com mais de 400 empresas brasileiras mostrou que a expansão digital será intensificada neste ano. As empresas pesquisadas afirmam que vão levar a transformação tecnológica para todas as áreas do negócio. Uma que não pode ficar para trás, segundo especialista, é a de contabilidade, que precisa envolver processos mais automatizados.

Os empresários brasileiros querem investir mais em tecnologia e expansão digital em 2022. É o que atestou a pesquisa “Agenda 2022”, realizada pela consultoria Deloitte e divulgada no início de fevereiro. Segundo o levantamento, nove em cada 10 empresas vão aumentar ou manter investimentos em qualificação tecnológica e 78% delas vão direcionar esses treinamentos a diversas áreas da empresa.

De acordo com os empresários entrevistados pela Deloitte, dos investimentos em tecnologia, 96% serão direcionados para aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão. Uma das áreas que não poderá ficar de fora dessa transformação tecnológica é a de contabilidade. Nos últimos anos o setor se modernizou e aderiu aos processos digitais. É o que atesta o contador e administrador Marcelo Augusto do Nascimento Pinto, com mais de 13 anos de atuação na área. “Pode-se dizer que a era digital da contabilidade veio com a desburocratização dos serviços contábeis, fazendo aumentar cada vez mais a produtividade nos escritórios”, resume.

Outras vantagens da transformação digital no setor, segundo o profissional, foram a redução de chances de falhas na execução dos serviços, otimização na entrega, atendimento às normas com mais eficiência e precisão, além do aprimoramento dos resultados, que passam a aparecer de forma mais rápida e em tempo real. “Se hoje já vemos tantos avançando, imagina como será em um futuro próximo, com toda mudança de processos ocorrendo de forma tão rápida e com evoluções surpreendentes aparecendo a cada dia”, comenta.

Para acompanhar essa evolução, o contador ressalta que os profissionais da área precisam se atualizar ou ficarão para trás em um mercado de trabalho cada vez mais digital. “O contador que não estuda e não se atualiza já está ultrapassado”, opina. Marcelo Augusto do Nascimento Pinto acrescenta que a área, que diziam estar ameaçada de extinção por conta da revolução tecnológica, jamais deixará de ser essencial para o funcionamento das empresas. “A contabilidade se renova e se aprimora a todo momento. Infeliz do empresário que não tem um contador gestor na companhia. Não irá longe e irá perder para os concorrentes que têm esse profissional como seu parceiro mais importante”, finaliza.

Empresas também investirão em P&D em 2022

Dentro dos investimentos em tecnologia, as empresas que participaram do levantamento denominado Agenda 2022 revelaram que pesquisa e desenvolvimento (P&D) estão na mira dos aportes financeiros. Pelo menos 75% dos entrevistados afirmaram que vão investir nessa área neste ano. Os recursos serão utilizados em pesquisa aplicada (59%), desenvolvimento experimental (44%), pesquisa básica dirigida (26%) e tecnologia industrial básica (17%).

Ainda dentro da área de tecnologia, os investimentos a serem feitos pelas empresas também vão contemplar infraestrutura (96%), gestão de dados (95%), segurança digital (95%), customer marketing (81%), atendimento ao consumidor (78%) e canais de venda on-line (71%).

Outra área que as empresas continuam de olho neste ano quando o assunto é investimento em tecnologia é o da inovação. Entre as promessas de ações a serem realizadas de forma colaborativa estão treinamento de equipes, interação com clientes, troca de conhecimento e experiências, apoio para a adoção de novas tecnologias, desenvolvimento de novos produtos/serviços, realização de pesquisas, realização de eventos, simplificação de processos burocráticos, apoio para captação de recursos financeiros e apoio para registro de patentes.

Participaram do levantamento 491 empresas, com total de receita estimada em 2021 em R$ 2,9 trilhões e que representam 35% de equivalência ao PIB brasileiro. Pelo menos 64% dos respondentes estavam na época dos questionamentos em cargos de conselho, presidência e diretoria. A pesquisa foi realizada entre 26 de novembro e 20 de dezembro de 2021.

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