Data Driven: 17% das empresas do país alcançaram o nível de maturidade
2/3/2022 – Já existem ferramentas de automação no mercado capazes de fazer análises prescritivas e preditivas de forma automática
Estudo investigou estágio de desenvolvimento de dados nas empresas; para empresário, Data Driven pode mudar a dinâmica das decisões no mundo corporativo
Apesar de reconhecer que Data Driven é uma metodologia importante para processos organizacionais orientados a dados, nem todas as empresas utilizam o recurso em tomadas de decisão. É o que demonstra uma pesquisa do Grupo Toccato, empresa de soluções de negócio baseadas em dados, que mostra que apenas 17% das corporações já alcançaram o nível de maturidade Data Driven, com processos inteiramente orientados aos dados.
O estudo “Projeto Maturidade de Dados: perspectivas para 2022” também mostra que 49% dos negócios estão no patamar de Data Safety – fase de definição das necessidades de dados e de busca de tecnologias – e 30% em Data Try – estágio em que se busca guiar as operações por dados. A sondagem coletou respostas de analistas, gerentes, coordenadores e diretores de 170 empresas privadas e órgãos públicos de várias áreas.
Filipe Maia, cofundador da Lean Solutions, destaca que grande parte das empresas brasileiras ainda precisam assimilar que Data Driven vai muito além de uma ferramenta: trata-se de uma metodologia que possibilita que os empreendimentos tenham uma ideia exata do seu negócio, o que pode oferecer uma maior aptidão para usar oportunidades e se antecipar a tendências e reveses.
“Tendo em vista as mais de quatrocentas empresas que atendemos, eu estimo que a maior parte dos negócios no Brasil ainda não atingiu uma maturidade de análise de dados. Até mesmo aqueles que possuem um bom volume de dados, tratados e organizados, não sabem como prosseguir a partir deles para a tomada de decisões”, observa.
Data Driven muda a dinâmica das decisões no mundo corporativo
Para Maia, é bem verdade que a pandemia de Covid-19 trouxe à tona a revolução digital e acelerou processos, como o trabalho remoto e a incursão de milhares de negócios às vitrines digitais. Apesar disso, ainda há um longo caminho a ser trilhado pelas empresas, que têm pouco conhecimento e resistência ao desenvolvimento da cultura de dados.
“Por falta de investimento em inovação, muitas empresas deixam de usufruir dos benefícios da metodologia, que pode mudar a dinâmica das decisões no mundo corporativo”, afirma.
Segundo o empresário, as empresas devem investir em treinamentos corporativos em Business Intelligence. “Além disso, vale apostar em projetos de análise de dados, o que pode ser um fator decisivo para prosperar nesta fase de retomada da economia, em 2022”.
Na análise de Maia, o futuro para as empresas que implementam uma cultura Data Driven irá possibilitar às pessoas um ganho tão alto em produtividade que estas sequer precisarão realizar as análises dos dados por conta própria.
“Já existem ferramentas de automação no mercado capazes de fazer análises prescritivas e preditivas de forma automática, que antecipam o problema e propõem soluções para intervir. A própria Microsoft possui ferramentas para isso, como o Power BI, por exemplo”, conclui.
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