Taxa de desemprego cai para 8% no Paraná, mas renda diminui
Porecatu, PR 1/4/2022 – Os dados divulgados pelo IBGE apontam também um número recorde de trabalhadores por conta própria, somando quase 26 milhões de pessoas em todo o país.
Levantamento feito Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 470 mil paranaenses estão desempregados e que renda média do trabalho encolheu 10,7% em 1 ano
Segundo o IBGE, em pesquisa divulgada no último mês, o Brasil tem 12 milhões de desempregados. No Paraná, 470 mil seguem sem emprego. O estudo mostrou ainda que a renda média do trabalho encolheu 10,7%, atingindo a marca de R$2.447 – menor valor da série histórica.
Os dados divulgados pelo IBGE apontam também um número recorde de trabalhadores por conta própria, somando quase 26 milhões de pessoas em todo o país. O achatamento da renda, o crescimento da informalidade e a alta da inflação afetam diretamente a população mais pobre, pertencente às classes D e E, que representam 51% dos lares no Brasil.
No Paraná, de acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (DEPEC), 29% pertencem às classes D e E. Ou seja, são mais de 3,2 milhões de pessoas pressionadas pela atual conjuntura econômica.
Segundo dados da plataforma PRcontraCOVID, em Porecatu (PR), município do norte do estado, 29,89% da população estava cadastrada no Cadastro Único (CadÚnico) no início de 2020. O CadÚnico, principal cadastro social do Brasil, foi o principal canal de concessão para distribuir o Auxílio Emergencial.
Para Viviane Gouveia, coordenadora do Instituto Retornar (PR), o impacto da pandemia foi sentido por milhares de famílias paranaenses, principalmente aquelas mais pobres e em situação de vulnerabilidade social. Neste contexto, as ações de instituições e programas sociais puderam minimizar, ainda que temporariamente, as dificuldades enfrentadas nesses lares. Em Porecatu, mais de 6 mil pessoas carentes foram beneficiadas com a distribuição de cestas básicas e itens de higiene no início deste ano, segundo dados da mesma instituição. Gouveia comenta que a arrecadação, fomentada pela empresa Retornar, “ajudou as famílias de maneira mais rápida, levando alguma segurança com relação à alimentação e ao bem-estar imediato”.
O trabalho de voluntários também é fundamental nessas ações, explica Gouveia. Nos próximos meses, outras cidades do Paraná e do Brasil devem receber novas campanhas e projetos sociais da instituição, financiados pela Retornar. A meta é dobrar o número de pessoas atendidas, que hoje já somam 10 mil. Para isso, será necessário o apoio de novos voluntários e ONGs locais dedicadas a auxiliar famílias em situação de risco.
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