Justiça manda governo estadual de S.Paulo suspender uso de material digital com erros graves de conteúdo
A Justiça de São Paulo determinou nesta segunda-feira, 04 de setembro, que o material digital usado pela administração Tarcísio de Freitas seja suspenso em até 48 horas devido a erros gravíssimos. Caso haja descumprimento, haverá multa de R$ 10 mil por dia.
Em agosto, o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, anunciou que não aderiu aos livros didáticos do MEC (Ministério da Educação) e produziria o próprio material, digital, para uso dos alunos da rede estadual. O material, segundo revelou na última semana pelo UOL, apresenta erros gravíssimos de história, geografia, gramática e ciências.
Entre os erros, está que a lei Áurea foi assinada por D.Pedro II, quando o correto é Princesa Isabel. Outro é a existência de praia na cidade de são Paulo. Na parte de ciências, o material do secretário Renato Feder afirma que a água causa Parkinson e Alzheimer. Professores levantaram ainda erros de gramática no material. O governador Tarcísio de Freitas disse na semana passada que havia demitido os responsáveis pela revisão dos slides.
Na decisão, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti determinou que o material seja revisado e adequado à base nacional do Ministério da Educação, garantindo a equidade de conteúdo para todas as crianças do país. A medida tem caráter liminar e foi pedida pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Esta é a segunda determinação da Justiça para revogar o uso dos livros digitais proposto pelo governo Estadual paulista. A primeira obrigou que a educação aderisse ao programa nacional do livro didático impresso.
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