Economia

Gripen brasileiro, com parte da produção em S. Bernardo, fará seu primeiro voo em 2025

O primeiro caça Gripen E produzido no Brasil está em fase final de montagem e deve levantar voo em 2025.  O modelo, com tecnologia sueca, tem parte das peças produzidas na planta da Saab de São Bernardo, e é o substituto dos modelos F5 da FAB (Força Aérea Brasileira). A montagem do caça é feita na planta da Embraer, Gavião Peixoto, no interior paulista.

Em São Bernardo, a Saab conta com uma planta de 5 mil metros quadrados, que produz peças e será responsável também pela manutenção dos Gripen. Com alta tecnologia, a empresa emprega 60 funcionários no ABC.

“Esta é uma conquista significativa tanto para a Saab quanto para a Embraer, uma vez que o primeiro caça Gripen produzido no Brasil chega à fase final de montagem”, afirmou Hans Sjöblom, gerente geral da Saab em Gavião Peixoto. “Como parte de um extenso programa de transferência de tecnologia, esta é a primeira linha de produção do Gripen estabelecida fora da Suécia e estamos realmente impressionados com a excelência demonstrada pelos funcionários da Embraer.”

A primeira aeronave Gripen passou pela montagem estrutural, fase na qual as quatro principais aeroestruturas – a fuselagem dianteira, a unidade de armamento, a fuselagem central das asas e a fuselagem traseira – são juntadas. Ainda nesta fase, os tanques de combustível são selados, testes de pressão são conduzidos tanto no cockpit como nos tanques e medições geométricas são feitas. Ao final desta fase, é realizada a limpeza, pintura interna e aplicação de um verniz anticorrosivo em uma cabine de pintura externa.

“Os profissionais da Embraer que trabalham na linha do Gripen passaram por um extenso treinamento na fábrica da Saab em Linköping para garantir que estejam bem-preparados para suas funções”, comentou Walter Pinto Junior, COO da Embraer Defesa & Segurança “O conhecimento adquirido na Suécia não apenas enriqueceu nossa equipe, mas também trouxe ensinamentos valiosos e tecnologias avançadas para a Embraer, contribuindo para nosso crescimento e inovação contínuos”.

De volta ao hangar do Gripen, a aeronave entra na fase de montagem final, que consiste em três estações. Na primeira, a fuselagem recebe aproximadamente 35 quilômetros de cabo e 300 metros de canos. Na segunda, é feita a instalação dos aviônicos, da unidade auxiliar de partida (APU), do motor, do rádio, do estabilizador vertical, entre outros componentes. Na última estação o software da aeronave é instalado, testes funcionais são performados e a aeronave retorna para a cabine de pintura para receber a camuflagem operacional.

Uma vez concluído esse processo, inicia-se a fase de preparação de voo, onde a calibração final de vários sistemas, como o de navegação, combustível e controle de voo é feita. O motor também é acionado pela primeira vez, testes funcionais são concluídos e ensaios em voo de produção são conduzidos para garantir que a aeronave funcione de acordo com o projeto verificado e certificado.

Após os testes, a aeronave é transferida para o último hangar, onde tem início o processo de entrega ao cliente. O primeiro Gripen E produzido no país será entregue à Força Aérea Brasileira em 2025. Além desta aeronave, um segundo caça está finalizando a montagem estrutural e um terceiro iniciará a produção em julho.

 

Foto: Divulgação

 

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