Doria confirma início da vacinação contra covid dia 15 de dezembro
O governador João Doria assinou hoje, durante a coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o acordo que confirma a entrega de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, que está na 3ª fase de testes no Brasil em parceria com Instituto Butantan, até dezembro deste ano. O acordo prevê ainda mais 14 milhões de doses até fevereiro de 2021. Além disso, o acordo com a biofarmacêutica Sinovac Life Science determina a troca de tecnologia para a produção da vacina pelo Butantan.
“São Paulo não perde tempo, São Paulo quer proteger a saúde e a vida dos brasileiros”, afirmou o governador. Doria também esclareceu que já há um entendimento verbal entre a direção do Butantan e a Sinovac para que outras 14 milhões de doses da vacina sejam fornecidas em fevereiro de 2021.
O acordo foi assinado no Palácio dos Bandeirantes pelo Governador Doria, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o vice-presidente mundial da Sinovac, Weining Meng e tem o valor de US$ 90 milhões. Até dezembro, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo.
A segurança do imunizante já foi comprovada em uma pesquisa com mais de 50 mil voluntários na China. A vacina também já vem sendo testada no Brasil desde julho e, atualmente, os estudos clínicos da última fase são acompanhados por 12 centros de pesquisa científica em cinco estados e no Distrito Federal.
Tanto na China como no Brasil, os testes clínicos passaram a envolver voluntários com mais de 60 anos, que são o grupo mais suscetível aos sintomas graves da covid-19. De acordo com o Butantan, que coordena a pesquisa no Brasil, a expectativa é que os testes de eficácia da Coronavac sejam encerrados até o dia 15 de outubro.
Se a Coronavac tiver sucesso na última etapa dos testes, o Butantan pedirá a aprovação emergencial do imunizante à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O objetivo do Governo de São Paulo é iniciar uma campanha de vacinação contra o coronavírus na segunda quinzena de dezembro, com prioridade para profissionais de todas as unidades públicas e privadas de saúde de São Paulo.