Em meio à segunda onda de covid, Doria prevê ano difícil e confirma vacinação para 25 de janeiro
O governador João Doria confirmou hoje que o Estado vive a segunda onda da pandemia da covid-19 e que 2021 será novamente um ano difícil, diferente do que foi imaginado em outubro, quando não se cogitava uma nova aceleração da doença.
O aumento do número de casos, internações e óbitos nas últimas semanas coloca todas as regiões do Estado em alerta para a falta de leitos para o tratamento da doença.
Doria se reuniu hoje por videoconferência com todo os prefeitos eleitos das cidades do Estado para atualizar os dados da pandemia e detalhar o Plano Estadual de imunização.
Segundo ele, o início da vacinação está confirmado para o dia 25 de janeiro e se iniciará pelos profissionais que atuam no segmento da saúde. Em seguida, a população de mais de 60 anos (grupo que concentra 77% das mortes), indígenas e quilombolas. Serão aplicadas duas doses da vacina CoronaVac com intervalo de 21 dias entre elas.
O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, detalhou o plano com datas de cada grupo e com as medidas de logísticas implementadas pelo governo estadual.
Além das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), haverá vacinação em terminais de ônibus, quartéis, farmácias e em esquema de drive-thru, de segunda à sábado e feriados, permitindo assim que todos recebam o imunizante. Antes o Estado tinha 5200 postos de vacinação, que foram ampliados para 10 mil.
Nesta primeira fase, 9,5 milhões de paulistas devem receber a vacina. Hoje, o diretor do Instituto Butantan se reúne com a Anvisa para finalizar a entrega dos documentos para a liberação emergencial da CoronaVac. Amanhã, o governador detalhará os índices que faltam ser divulgados da vacina.
Enquanto a vacina não chega a todos, Gorinchteyn reforça que no Estado já há dez hospitais com ocupação máxima para o tratamento da covid. “Vamos buscar ampliar os leitos, mas é fundamental que haja medidas que contenham o avanço da doença”, disse.
Foto: Governo do Estado de SP