Bem Estar

Enfermeira de São Paulo é primeira brasileira vacinada com CoronaVac

A enfermeira do Instituto Emílio Ribas, que faz parte do Hospital das Clínicas de São Paulo, Mônica Calazans, é a primeira pessoa do Brasil a receber a dose de uma das duas vacinas aprovadas hoje para uso emergência pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em transmissão ao vivo desde as 10 horas de hoje, 17 de janeiro, as equipes técnicas e da diretoria da Anvisa apontaram os dados e documentos que foram apresentados pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz. A aprovação, unânime, levou em consideração à aceleração dos casos de covid-19 no Brasil, a situação crítica de Manaus e também por ser a única alternativa de evitar o agravamento da doença. A entidade ressaltou que o único tratamento precoce para a doença é a vacina. Além disso, apenas o uso de máscara e o distanciamento social têm comprovação para evitar a propagação do coronavírus.

Logo após a aprovação pela Anvisa, o governador de São Paulo, João Doria, participou de ato no Instituto Emílio Ribas  para a vacinação da enfermeira. “Hoje é o dia V, dia da vitória, dia da verdade, dia da vida”, disse Doria. Para ele, a vacinação deve começar imediatamente.

Nesta segunda, o governo de São Paulo começa a colocar em prática o plano de vacinação com as doses que ficarão com o Estado. O início será pelos centros hospitalares, nos profissionais da saúde.  No Estado, ficarão 1.357.340 doses da CoronaVac, conforme determinação do Ministério da Saúde. As demais doses, 4.636.936 serão distribuídas irão para o restante dos Estados.

 

 

Uso emergencial

Foram aprovadas o uso emergencial de 8 milhões de doses, sendo 2 milhões da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca e que será produzida pela Fiocruz, e a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Porém, da totalidade de vacinas aprovadas, apenas 6 milhões já estão disponíveis para o uso em profissionais da Saúde e idosos.  As da CoronaVac foram compradas pelo governo paulista por médio do Butantan e já estão prontas para uso e devem ser encaminhadas ainda neste domingo para o Ministério da Saúde, que irá distribuir para o Brasil. O governo Jair Bolsonaro havia proibido a compra deste imunizante por ter sido desenvolvido em parceria com a China.

Porém, a única aposta do governo federal, a da AstraZeneca, teve os testes atrasados. A Fiocruz conseguiu a importação de 2 milhões de doses da Índia, mas a data de chegada ao Brasil ainda não foi definido.

Foto: Divulgação Governo do Estado de S.Paulo

 

 

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