Grupo Chileno compra escola em Santo André
As escolas infantis foram as mais afetadas do setor na crise causada pela pandemia da covid-19. Algumas chegaram a perder 80% dos alunos matriculados e um grande número fechou as portas definitivamente, já que não existe obrigatoriedade da escola para menores de três anos no Brasil.
Com esta brecha, o grupo Vitamina, do Chile, tem fechado a compra de diversas escolas desde o segundo semestre do ano passado. Já foram 12, sendo 11 na capital paulista e uma em Santo André, a Materna.
No Chile, o grupo tem 65 unidades, a maior parte na região Metropolitana. Mas há unidades também em outras regiões, como Concepción, a segunda mais importante do país, e Viña Del Mar, no litoral.
No Brasil, segundo matéria publicada neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo, as escolas compradas são de bairro. Talvez pela característica do grupo chileno que busca estar perto da residência e de ter parceria com empresas para garantir comodidade aos filhos dos funcionários.
Outra característica do Vitamina é o horário de funcionamento. Algumas unidades, no Chile funcionam 24 horas, o que facilita o acesso à escola por crianças cujos pais trabalham no período noturno. Outras mantém atividades até às 20h, dependendo da localização.
Entretanto, segundo a matéria da Folha de S.Paulo, o grupo disse que por enquanto vai manter a estrutura pedagógica de cada escola. Mas, sobre as ações do futuro e uma possível integração das unidades, nada foi relevado.
As escolas de educação infantil no Brasil são, na maioria, pequenas e de bairros. A chegada de uma rede no segmento deve causa mudanças no setor nos próximos anos.
A reportagem do Eagle News já entrou em contato com a entidade que representa das escolas providas no ABC e aguarda retorno para saber o impacto que a venda causará na região.
Foto: Reprodução
