Ataque em creche deixa 4 crianças mortas. Deputado sugere aplicativo com botão do pânico
Pela segunda vez em pouco mais de uma semana, o Brasil foi sacudido pela notícia de um ataque a uma creche em Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de 4 crianças entre 5 e 7 anos. Na semana passada um aluno já havia matado uma professora em São Paulo após entrar com uma faca. No ataque de hoje, um homem de 25 anos pulou o muro e matou as crianças com uma machadinha.
Após o crime, o agressor se entregou à Polícia Militar e foi preso. A creche era particular e tinha cerca de 40 crianças na hora do ataque. Há ainda 5 feridos, que encontram-se estáveis.
Segundo as primeiras informações da Polícia Militar, o agressor teve um surto psicótico e não tinha relação com ninguém da creche que pudesse ter motivado o ato. Ele tinha passagens pela polícia por porte de drogas e lesão corporal.
Mas, a pergunta que se pode fazer neste momento é sobre como evitar outros casos como estes? Como as autoridades municipais, estaduais e federais vão fazer para garantir a segurança sem tirar a liberdade de alunos dentro de uma escola. A escola não combina com violência. A escola é liberdade, é aprendizado. Mas, uma solução precisa ser tomada e com urgência.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse na semana passada, após o ataque do aluno em uma escola estadual que poderia colocar policiais nas escolas. No dia seguinte, houve policiamento nas escoladas da rede paulista com apreensão de simulacros e de armas brancas. No mesmo dia, o Governo do Estado anunciou uma série de medidas para ampliar o acolhimento psicológico e de ações de prevenção no ambiente escolar.
O deputado estadual por São Paulo Thiago Auricchio sugeriu a criação de um aplicativo com botão do pânico para que professores acionem em caso de ataques em escolas públicas e privadas.
“Precisamos garantir a segurança de todos no ambiente escolar. A escola tem que ser um local seguro, confortável e bom para todos. Alunos, professores e funcionários. Criação de um aplicativo como esse pode contribuir para isso”, disse o Auricchio.
“O aplicativo é uma solução moderna, eficiente e rápida, assim como é o SOS Mulher, para vítimas de violência doméstica”, conclui o deputado de São Caetano.
Se haverá realmente uma solução definitiva, não sabemos, mas precisa chegar rápido e com urgência para que as escolas continuem sendo um local de acolhimento e aprendizado e não um matadouro.
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