Escolas particulares de São Caetano podem entrar em colapso
Após São Bernardo e Santo André autorizarem a volta das atividades de socialização e recreação das escolas da rede privada, os mantenedores das unidades de São Caetano temem uma debandada dos alunos para as cidades vizinhas.
Para tentar abrir uma negociação com a administração da cidade e com o prefeito em exercício, Pio Mielo, os mantenedores lançaram um manifesto onde citam as dificuldades e a necessidade de acompanhar as cidades vizinhas na retomada gradual das atividades.
As escolas estão desde março fechadas. Nas unidades de ensino infantil a situação financeira é ainda pior, já que muitos pais tiraram os filhos e matricularam nas públicas ou deixaram os menores de 4 anos sem aulas, já que não é obrigatório.
Com a possível migração de alunos para Santo André e São Bernardo, a situação financeira das escolas particulares de São Caetano pode se agravar ainda mais. Muitos funcionários já foram demitidos e pode haver um colapso, com fechamento de vários estabelecimentos.
Além das atividades autorizadas, as escolas nos municípios vizinhos já liberaram a matrícula para 2021, o que ainda não ocorreu em São Caetano.
Consultada pela reportagem do Eagle News, a secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Caetano disse que no momento não haverá a liberação das escolas particulares para matrículas, lazer e socialização.
Escolas abertas
Outros países que estão no meio da segunda onda da pandemia de covid-19 fecharam bares, restaurantes e atividades com aglomeração, mas mantiveram as escolas abertas. Pediatras brasileiros também se manifestaram contra manter as escolas fechadas.
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que mesmo que haja recuo para a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva, as escolas não serão fechadas. O governo estadual já autorizou a volta das aulas presenciais, o que não foi aplicado pelas cidades do ABC.
As escolas foram fechadas em março para evitar a transmissão do novo coronavírus em funcionários e familiares, já que a maior parte das crianças é assintomática.
Em relação às vacinas, as crianças não devem receber o imunizante tão cedo, já que os testes ainda não contemplaram esse grupo. A previsão é para o fim de 2021 ou 2022.
Veja a carta: