Prefeitos do ABC descartam volta às aulas em setembro
A volta às aulas presenciais tem sido um dos grandes fatores de discussão entre pais e gestores da crise do novo cornavírus. No Estado de São Paulo, a volta prevista para o dia 08 de setembro está condicionada a que todas as 17 regiões estejam por 28 dias na fase amarela.
Mas, para os prefeitos do ABC , a região não deve tem condições de colocar as crianças nas salas de aula na data prevista. O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior já tinha adiantado que possivelmente não haverá condições sanitárias para a volta prevista.
Hoje, em live nas redes sociais, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, mostrou a mesma opinião. Para ele, apesar de os números da covid-19 estarem estáveis na cidade, é preocupante colocar 38 mil alunos de volta às escolas. “Vamos pensar em um modelo para não colocar em risco a vida das crianças”. Mas, ressalta que esse modelo não deve ser presencial. A maior preocupação, ressaltou, é com as crianças menores de 5 anos, que teriam dificuldade em usar a máscara o tempo todo.
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, também em live nas redes sociais, disse que não haverá condições para a volta na cidade. “São muitos protocolos a serem cumpridos e será difícil que todos sejam feitos. Além disso, cerca de 18% dos funcionários da Educação são do grupo de risco e não poderão voltar ao trabalho”, disse o prefeito.
Morando disse que as prefeituras não podem adiantar a volta às aulas, mas apenas atrasar e isso que deverá ser feito. Em relação às particulares, Morando disse que as escolas precisam seguir os conselhos de educação estadual e municipal. Os prefeitos das sete cidades devem se reunir e montar um plano para a volta em conjunto, além de definir a melhor data para o retorno às aulas presenciais.
Pesquisa feita pelo jornal Folha de São Paulo, mostrou que 70% dos pais não querem mandar os filhos para as aulas presenciais caso elas voltem ainda este ano.
Matrículas
Em relação ao aumento da demanda por vagas na rede pública por alunos da rede privada, Morando afirma que terá vagas, mas nem sempre na escola em que o pai escolher. O aluno será direcionado para escola que tiver vaga disponível.
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