Santo André confirma dois óbitos de mulheres com 43 anos e inaugura 1º hospital de campanha
A Prefeitura de Santo André confirmou hoje mais dois óbitos causados pelo novo coronavírus. São duas mulheres de 43 anos que apresentavam fatores de risco que faleceram nos dia 03 e 04 de abril.
Segundo a Secretaria de Saúde, a cidade conta hoje com 186 casosconfirmados, entre eles 7 óbitos. Há ainda 553 casos suspeitos e 290 casos descartados.
1º óbito – Paciente do sexo masculino, que tinha 68 anos e deu entrada na UPA Sacadura Cabral em 18 de março. O mesmo apresentou sintomas da doença, que se agravaram devido a comorbidades, e veio a falecer na mesma data;
2º óbito – Paciente do sexo masculino, de 63 anos. Morreu no dia 28 de março, em São Caetano. Não tinha comorbidades;
3º óbito – Paciente do sexo masculino, de 62 anos. Morreu em hospital particular de São Bernardo, onde deu entrada com febre e tosse. Tinha histórico de doença cardiovascular crônica;
4º óbito – Paciente do sexo masculino, de 81 anos. Tinha doença cardiovascular crônica e estava internado em hospital particular de Santo André;
5º óbito – Paciente do sexo masculino, de 55 anos. Tinha diabetes e doença cardiovascular crônica. Estava internado em hospital particular de Santo André.
6º óbito – Paciente do sexo feminino, de 43 anos. Tinha doença cardiovascular e morreu no dia 4 de abril.
7º óbito – Paciente do sexo feminino, de 43 anos. Tinha hipertensão e obesidade. Morreu no dia 3 de abril.
Hospital de Campanha
Hoje, a prefeitura inaugurou o hospital de campanha do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, com o objetivo de dar suporte à rede municipal de saúde no atendimento de pacientes de baixa, média e alta complexidade em meio à pandemia de covid-19. São ao todo 180 novos leitos.
O prefeito Paulo Serra esteve no local para acompanhar a entrega do hospital de campanha e falou sobre as medidas de prevenção que tiveram que ser adotadas no município. “Deixamos os equipamentos preparados torcendo para que eles não fossem utilizados, mas lamentavelmente, tudo indica que a partir deste final de semana esse equipamento já vai iniciar os atendimentos, pois estamos com praticamente 80% dos leitos municipais ocupados por pacientes com suspeita ou casos confirmados de infecção pelo coronavírus”, explicou o prefeito.
O hospital de campanha vai trabalhar como retaguarda do serviço público de saúde, ou seja, receberá pacientes com covid-19 que tenham sido encaminhados dos hospitais municipais ou das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Os 180 leitos estão distribuídos nos três ginásios do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia.
O local foi estruturado com equipamentos de raio-x portátil e tomógrafo, além de contar com um laboratório próprio, que vai garantir mais agilidade nos resultados dos exames coletados.
“Neste local vamos atender pacientes com baixa, média e alta complexidade. Temos uma UTI completa com equipamentos de rede de oxigênio, bombas de infusão, monitores e cardioversor. Nos demais leitos, que chamamos de clínica médica para baixa e média complexidade, temos equipamentos de oxigênio, para atender patologias mais moderadas”, comentou o secretário de Saúde, Márcio Chaves.
Ainda no mês de abril será entregue o hospital de campanha localizado no Estádio Bruno José Daniel, o que vai garantir um reforço de mais 120 leitos.
A Prefeitura de Santo André também está instalando um terceiro hospital de campanha na Universidade Federal do ABC (UFABC). Serão 100 novos leitos, com previsão de inauguração para o começo de maio. Somando todas as entregas, o município vai totalizar 400 leitos para atendimento de pacientes com Covid-19.
Ao todo, cerca de 600 profissionais, entre médicos clínicos, médicos intensivistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, farmacêuticos e fisioterapeutas vão trabalhar nos três hospitais de campanha.
O secretário de Saúde, Márcio Chaves, lembra que o período de isolamento social é fundamental para que os equipamentos sejam estruturados e consigam atender a demanda. “É importante que as pessoas respeitem a quarentena e fiquem em casa para que a gente consiga atender as pessoas de forma mais confortável. A quarentena serve para que tenhamos um período para nos preparar e viabilizar a estrutura, os equipamentos necessários e os medicamentos, pois as pessoas ocupam o leito hospitalar por pelo menos 14 dias”, comentou.
Foto: Helber Aggio/PSA