Economia

Sinaceg apoia inovação em podas de árvores nas estradas

O avanço de tecnologias voltadas para o mapeamento e poda de árvores em áreas urbanas e rodovias tem chamado a atenção do Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros), responsável por uma das maiores operações de manejo dos vegetais no Brasil. Iniciativas como as de startups que usam drones, mapeamento digital em 3D e softwares de gestão estão no radar da entidade como ferramentas importantes para otimizar a segurança nas estradas.

O interesse do setor por inovação ganhou ainda mais relevância após os recentes temporais que atingiram a capital paulista. Cerca de 330 árvores caíram na cidade de São Paulo em apenas uma hora de tempestade, no último dia 12, causando uma morte, acidentes, interdição de ruas e interrupção no fornecimento de energia em 170 mil imóveis. O dado reforça a importância de iniciativas como as das startups Treevia e Gringo, que estão desenvolvendo ferramentas digitais para o mapeamento e gestão de arborização urbana.

“Essas novas tecnologias são muito importantes para deixar o trabalho mais preciso, respeitando a natureza e garantindo, cada vez mais, a segurança no trânsito e nas cidades”, afirma Márcio Galdino, diretor regional do Sinaceg e coordenador das ações de poda.

Embora ainda não use diretamente esse tipo de tecnologia, o sindicato acompanha de perto essas inovações e avalia formas de incorporá-las no futuro. O Sinaceg também planeja colocar sua expertise técnica e de campo à disposição das startups, contribuindo com a experiência acumulada ao longo de quase duas décadas para o aprimoramento e a aplicação prática dessas soluções.

 

Trabalho contínuo em defesa da segurança viária

Pouca gente sabe, mas um dos maiores programas de poda de árvores do Brasil, essencial para evitar acidentes no trânsito, é realizado pelo Sinaceg, entidade que representa os profissionais responsáveis pelo transporte de carros novos em carretas com até 4,95 metros de altura.

Desde 2008, quando o programa de poda foi formalmente estruturado, mais de 200 mil quilômetros de ruas e estradas já foram atendidos. Em 2023, foram 3.400 quilômetros de vias podadas — 3.200 em rodovias e 200 em áreas urbanas — um aumento de mais de 15% em relação ao ano anterior. Os investimentos anuais ultrapassam os R$ 2 milhões.

“A poda de árvores é uma missão do Sinaceg que assumimos há 17 anos para ajudar a sociedade e evitar que os carros sejam riscados ou danificados por galhos longos, uma vez que nossas cegonhas são altas”, afirma José Ronaldo Marques da Silva, o Boizinho, presidente do sindicato.

 

Cuidado ambiental e parcerias

Todos os serviços seguem critérios técnicos e legais, com licenciamento ambiental e acompanhamento de profissionais especializados. O sindicato conta com representantes regionais para agilizar os trâmites de autorização em diferentes estados. Em muitos municípios e capitais, as prefeituras atuam como parceiras na definição das áreas prioritárias.

É o caso de São Bernardo, a capital do automóvel, onde fica a sede da entidade. “O apoio das prefeituras é fundamental para os trabalhos em trechos urbanos”, destaca Galdino.

Nas rodovias, a poda é essencial para manter a visibilidade e garantir a circulação das cegonhas, especialmente em trechos com vegetação densa ou crescimento rápido, como os bambuzais. “Logo após as chuvas, os arbustos crescem muito e acabam formando túneis sobre as estradas”, explica Galdino.

 

Desafios na estrada

Entre os principais desafios enfrentados pelas equipes na lida com as podas estão as chuvas, a neblina, estradas com pavimento precário e curvas acentuadas. “São empecilhos consideráveis na execução dos trabalhos

 

Foto: Reprodução

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