Talento de David Bowie é exaltado no documentário ‘O Homem que Mudou o Mundo’
Quem gosta de boa música, com certeza conhece e curte David Robert Jones, ou simplesmente David Bowie. Conhecido como o Camaleão do Rock, influenciou praticamente toda a geração de músicos dos anos 80, tanto no visual como nas tendências musicais.
No documentário ‘Bowie: O Homem que Mudou o Mundo’, somos apresentados às intimidades, ideais, problemas e sonhos que construíram um dos mais completos e influentes artistas do século XX. Divido em dois episódios, a produção estreia com exclusividade no canal Curta!.
O documentário usa imagens de arquivo, entrevistas antigas com o músico, depoimentos de amigos como Suzie Ronson, produtores como Laurence Myers, e jornalistas como Kris Needs, para reconstruir as obras e personagens inventados por Bowie. Se nunca foi fácil defini-lo e tampouco o rotular, a diretora Sonia Anderson apresenta as múltiplas faces do artista, criadas ao absorver as influências ao seu redor e destinadas, elas mesmas, a se tornar referência.
David Bowie demorou a surgir como uma das figuras mais importantes e emblemáticas da música. Sua primeira banda, quando ainda sequer utilizava o nome artístico de Bowie, tocava blues, a primeira de suas muitas identidades musicais, sempre inovadoras e artisticamente provocantes e performáticas.
“Ele contrastava com o fundo monocromático. As novas bandas de rock ainda usavam jeans, ficavam de costas para o público nos longos solos de guitarra e tal. Acho que ninguém deu tanta importância à ideia de como apresentar as músicas quanto o David”, ressalta o apresentador da BBC Music Bob Harris.
O documentário mostra como, ao longo de sua carreira, ele sempre foi ousado e revolucionário. Sem temer mudar de rotas, mantinha a qualidade em todos os seus trabalhos e a versatilidade, que se tornava ainda mais evidente quando ele deixava a música de lado e experimentava novas áreas das artes, como cinema e teatro.
“Adoro olhar para mim mesmo e para os ambientes em que costumo estar com os olhos de alguém que não está envolvido em nenhuma linha artística específica. Então surge como uma espécie de manifestação eclética. Ainda sou fã de tudo”, afirma Bowie.
Para muitos, os personagens criados por Bowie eram uma forma dele lidar com seus problemas, com a fama e com a timidez. Uma vez dentro de suas roupas e fantasias, aquele homem intrigante e um pouco misterioso se tornava mais próximo dos fãs.
Batalhas legais, problemas com drogas, romances, polêmicas. Tudo é discutido no documentário, que vai desde os primeiros acordes na escola, até o último álbum, lançado às vésperas de sua morte, em 2016, por causa de um câncer no fígado. Para alguns, um último símbolo de ousadia.
“Ele alcançou o objetivo de todo músico, que é morrer e lançar um álbum três dias antes de sua morte. Não tem como ser mais descolado”, diz Dana Gilliespie, atriz e amiga de Bowie.
‘O Homem que Mudou o Mundo’ é uma produção da Screenbound Productions e A2B Media, em dois episódios de 45 minutos. O documentário também pode ser assistido no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). A estreia é no dia temático Segundas da Música, 03 de fevereiro, às 21h30.
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Foto: Reprodução