Vacina não causou morte de garota, conclui governo. Anvisa mantém uso da Pfizer em jovens
O governo do Estado de São Paulo concluiu nesta sexta-feira que a morte da adolescente de 16 anos em São Bernardo não foi causada pela vacina da Pfizer contra covid-19. Após avaliação de 70 médicos de diversas especialidades do Estado e da cidade do ABC, chegou-se a conclusão de que a causa da morte foi a doença autoimune conhecida como PPT (púrpura trombótica trombocitopênica). A jovem morreu no dia 2 deste mês, sete dias após receber o imunizante contra a covid.
De acordo com a secretaria estadual da Saúde, a doença autoimune é rara e grave, e não há nenhum relato até o momento que aponte o quadro como evento adverso ligado ao imunizante da Pfizer. A secretaria reforçou que afirma que pessoas com histórico de doenças autoimunes (causadas por autoanticorpos) podem receber qualquer uma das vacinas contra covid disponíveis no Brasil e devem consultar um médico em caso de dúvida.
Anvisa
A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reuniu nesta sexta-feira, 17 de setembro, com representantes da Pfizer para buscar mais esclarecimentos sobre uma possível relação do imunizante com o óbito.
Segundo a Agência, na reunião, não foram apresentadas novas informações sobre o caso.
Mesmo com a divulgação da Nota Informativa pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, que conclui não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação, a Anvisa participará de ação de campo nos próximos dias, representada por servidor especializado em ações de farmacovigilância e em conjunto com as autoridades locais de saúde para obter mais informações sobre a investigação do evento.
Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos.
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