Vacina no Brasil não será para todos, afirma Ministério da Saúde
Ainda sem ter definido como será a vacinação contra a covid-19 para os brasileiros, o Ministério da Saúde já adiantou que não deve imunizar toda a população em 2021. O motivo, segundo afirmou a coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Francieli Fontana, é a falta de testes para alguns grupos específicos, como crianças e gestantes.
O secretário-executivo do ministério, Elcio Franco apontou a limitação mundial da produção das vacinas, principalmente para o início de 2021. Mas, vale lembrar que a Europa já está garantindo a compra de vários possíveis imunizantes, mesmo que ainda na fase de testes, para ter o maior número possível de doses assim que houver a aprovação. A intenção dos europeus é iniciar a vacinação já em dezembro de 2020 e acelerar no primeiro trimestre do ano seguinte e voltar na Páscoa à vida normal. Outro paí que já garantiu milhões de doses das vacinas que ainda estão em testes é os Estados Unidos.
O governo federal brasileiro, apesar de dizer que pode incluir no PNI qualquer vacina aprovada, só fechou contrato com a de Oxford em parceria com a AstraZeneca para a compra de 100 milhões de doses no primeiro trimestre. Como há a necessidade de duas doses, apenas 50 milhões de brasileiros seriam imunizados no primeiro semestre. No segundo, a Fiocruz deve iniciar a produção dessa vacina no Brasil.
No Estado de São Paulo, o governo efetivou a compra de 46 milhões de doses. Mas, segundo o governador João Doria, poderá produzir até 100 milhões de doses até março de 2021 da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Esta porém, tem a resistência do presidente Jair Bolsonaro por questões políticas e ideológicas.
A intenção do Ministério é montar um plano de vacinação para a covid similar ao da gripe, com a inclusão apenas dos grupos de riscos. As crianças devem ser imunizadas apenas em 2022 por não estarem no grupo de risco e principalmente pela falta de testagem das vacinas para esse público.
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